Quem ama a beleza de uma rosa
É a mente humana.
Da mesma forma que o aroma
Que dela emana.
O mundo tem tantos encantos
Tantos quantos podem ser
E talvez por serem tantos
Á gente não consegue ver
Porque não é coisa que apareça.
Também não é o olho que goza
Nem o nariz que aproveita
A sua imagem tão formosa.
Pois esse perfume que vem na brisa
Só os neurônios na nossa cabeça
É que conhecem a receita
Que a natureza utiliza
Para fazer uma coisa tão perfeita.
Da mesma forma, uma lagosta
Quem do gosto dela gosta
Não é a língua ou o estomago
Mas os sensores da nossa boca
Que tem o chip que a degusta.
Tudo isso é uma coisa louca
Mas para se chegar no âmago
De qualquer prazer dos sentidos
Não é preciso ter bons ouvidos
Nem língua, olhos ou nariz,
Nem ter uma muita sinestesia.
Porque para a gente ser feliz
E sentir de fato cada emoção
É melhor deixar que o coração
Seja da mente o único guia.