Por mais que eu censure a minha mente,
Ela não desiste de fazer-me lembrar de ti.
Pois, por mais que eu me esforce e tente,
Eu não consigo esquecer que te esqueci.
E se não pode esquecer o esquecimento,
Reminiscências do passado que se viveu,
Insepulto, ele fica no nosso pensamento,
Como o cadáver que, de fato, não morreu.
E quando a mente arrefece em sua vigília,
Esse fantasma do seu túmulo se levanta,
Para impor-nos sua indigesta companhia.
Se eu não puder esquecer que te esqueci,
De nada adiantará toda esta guerra santa,
Que estou travando na memória contra ti.